Aquele sobre o livro do velho pedófilo
Minha breve opinião sobre o livro, MEMÓRIA DE MINHAS PUTAS TRISTES
Comecei a ler o livro por causa do título, confesso.
Acabei tendo uma surpresa desagradável no decorrer do livro, mas faz parte. Não sou um crítico literário e minha opinião para obras literárias é quase como para a gastronomia, ou gosto, ou não gosto.
A leitura, para mim, é um exercício de fuga e de entretenimento mais profundo. Uma forma de ter um prazer de longo prazo em vez de shots de dopamina que eu poderia encontrar em outros lugares. Por isso, sempre que pego um livro, não estou muito preocupado com sua “qualidade” ou “profundidade”, é mais para enriquecer minha vida desfrutando de pensamento alheio.
O livro do Gabriel Garcia Marquez, ou Gabo, para quem já o conhece, é bom. O li em dois dias. Dois momentos de café com leite e dois momentos de pura contemplação no sofá de minha casa.
A história, para resumir muito, conta sobre um velho de noventa anos e sua paixão por uma prostituta de quatorze anos.
Apesar de bem escrito, não consigo deixar de pensar no desgosto que senti em saber a idade da personagem.
Nada é explícito sobre os atos, mas existem códigos que precisam ser interpretados para saber o que o autor está querendo dizer. Diversas vezes tive que reler trechos para saber se tinha entendido o que eu tinha entendido.
Mas tudo isso porque quero dizer que não existe alegoria, contexto social ou estilo literário que faça a pedofilia ser digerível para mim.
Nesse sentido, o livro é bom, mas meio bosta também.


