Pode parecer estranho para a geração atual, mas eu vim de uma época em que um dos principais marcos na vida de uma pessoa era tirar a carteira de motorista. Poder dirigir trazia a primeira noção de liberdade, de independência e de irresponsabilidade financeira, por querer comprar um veículo que não cabia no orçamento, ou quando cabia, poderia te destruir em manutenções e mecânica.
Lembranças doloridas de uma pressa vivida.
Meu primeiro carro foi um Logus 95, motor AP 1.8 que me custou R$ 5.000,00. Mais uns R$ 45.000,00 de manutenções e desespero (tô exagerando, mas não muito). Era meu primeiro carro. Parecia funcionar mais a base de força humana empurrando pra lá e pra cá do que com o próprio motor.
Muitas coisas aconteceram com e naquele carro.
Depois, quando comecei o mestrado e precisei viajar semanalmente para outra cidade por causa das aulas, comprei um Gol 3.5 com motor 1.6 vermelho e com máscara negra.
A quantidade de multas de velocidade que eu peguei com aquele carro não tá escrito. Nem era por estar muuuuito rápido não, era mais porque tem lugares que o limite é muito baixo. Tá, eu sei que essa foi a pior desculpa já imaginada.
Mas tudo isso pra dizer que eu sou um apaixonado por carros. Se eu fosse rico, com certeza não seria porque estaria gastando tudo nessas maravilhas da engenharia. Não só de carros, gosto de motos também, mas tenho tantos exemplos traumáticos que a minha vontade de viver me repele, por enquanto.
Ano passado eu consegui realizar um sonho de adolescente: Comprar um Astra. Parece não fazer sentido, mas há uns quinze anos atrás lançava a última versão desse hatch com motor 2.0 e com 140 cavalos de potência. Era muito distante da realidade comprar um. E pior, depois que os preços se tornaram acessíveis, era muito difícil encontrar um que estivesse em condições boas de uso.
E pra quem gosta, os carros não são somente um meio de transporte. São cultura.
Um dos meus passatempos favoritos é pegar a estrada, colocar uma música e ir pra algum lugar, de preferência longe, pra tomar um cafezinho, comer alguma coisa, tirar fotos e voltar pra casa. Esse tipo de rolê é clássico em grupos de motociclistas, por exemplo.
Ontem foi um dia desses.
Tem um vídeo muito bom que fala sobre o mesmo tema e vou deixar linkado aqui embaixo:
Até a próxima!