É segunda-feira novamente. Passei o final de semana junto de meus amigos que também vieram para Gramado. Não documentei sobre os dias que eles estiveram aqui porque tivemos uma agenda bem programada pela Michele.
Ainda está frio. Aluguei uma pequena casa em Canela para passar duas noites. Existem muitos itens de decoração antiga, e um bonito jardim lá fora. Não está chovendo como nos outros dias, mas o vento faz as folhas chiarem batendo umas contra as outras.
As paredes da casa são feitas de pedras grandes, de maneira bastante rústica. É uma casa gelada.
Ficarei até sábado na região e tenho que buscar coisas para fazer. Visitar umas vinículas, quem sabe. Tenho que fazer algumas fotos de Gramado e Canela, aproveitando que a chuva passou.
A última noite foi muito divertida. Fomos em um restaurante indicado por um amigo. Não tinha quase ninguém, mas a comida era, de fato, muito boa. A cereja do bolo foi a banda de jazz que estava tocando.
Uma coisa que eu adoro no meu grupo de amigos é que somos muito diferentes uns dos outros. Mesmo assim, sempre temos rolês para fazer. Cada um com sua peculiaridade. Mas ontem, nossa capacidade de nos divertirmos com qualquer situação superou minhas expectativas.
Depois de termos comido bem e ouvido muito do jazz sensacional no restaurante, decidimos ir fazer umas fotos na rua torta.
Quando chegamos no destino perguntei:
— Vocês querem que levem o drone!?
— Siiiiimmmm! — Responderam em unísono.
Pois bem, descemos e eu liguei o drone.
Percebi que ele estava diferente, precisei recalibrar várias vezes para funcionar. Na hora nem pensei que poderia ser por causa da falta de luminosidade. O drone que eu tenho é bem simples e comprei para aprender a controlar antes de investir em equipamentos mais caros.
Foi difícil fazer qualquer imagem útil. Mas foi numa tentativa de controlá-lo que as coisas ficaram muito engraçadas.
Ao tentar fazê-lo voltar para minha mão para pousar em segurança, o vento — ou minha falta de habilidade no momento — fez com que ele fosse em direção da minha amiga Michele.
Por estar muito baixo, eu estava tentando fazê-lo subir rápido para não bater no cabelo dela. Lembro que minha mente até pensou uma fração de segundos antes: O que será que acontece se um drone bate no cabelo de alguém?
O cabelo estava no rosto da Michele e para tirar, ela fez um movimento igual a Joelma, mas não percebeu que o drone estava logo atrás dela. Só deu tempo de eu soltar uma interjeição rápida: NÃOO! E Pluc! O drone ficou preso no cabelo dela.
Desculpe-me, Michele.
Foi trágico, mas muito cômico. Rimos muito. As pessoas começaram a chegar perto para ver o que tinha acontecido e porque estávamos rindo tanto, enquanto o Henrique, marido da Michele, pacientemente desembolava as hélices do drone do cabelo dela.
Tudo certo com o drone, ainda bem. Porque cabelo cresce, né!?
Sobre a viagem. Nos proximos dias ficarei perto de Gramado. Confesso que planejei mal essa última parte da viagem, mas vou aproveitar para passar mais tempo visitando lugares com um pouco mais de calma.
Hoje visitei duas cafeterias muito interessantes. Nos próximos dias escreverei sobre elas.
Obrigado, por ler até aqui!
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